“Mas o fruto do Espírito é: …BENIGNIDADE… Contra estas coisas não há lei” – Gálatas 5:22-23.
A palavra usada no grego para definir “benignidade” é “chrestotes” que pode significar “gentileza” e também “bondade”, e continua, pois igualmente indica “excelência de caráter” e “honestidade”. Como as demais evidências do fruto do Espírito, Deus é a fonte originária, pois Ele É um Deus benigno ao extremo.
Benignidade é a qualidade de benigno. Benigno, por sua vez, segundo o dicionário Michaelis é: “Que se compraz em fazer bem” , “benévolo”, “afetuoso”, “bondoso”, “complacente”.
Jesus Cristo foi quem melhor exemplificou essa qualidade, passando a ser nosso modelo, tal como no caso de todos os aspectos do fruto do Espírito Santo. O cristão que possui essa qualidade é “gracioso” ou seja, o sujeito é agradável, amável, gentil para com seus semelhantes, não se mostrando inflexível e exigente – inconseqüente e intransigente.
É uma “qualidade” em ser doce no temperamento, sobretudo para com os inferiores, predispondo-se a uma atitude afável e cortês, que nos deixa facilmente abordáveis, quando alguém nos magoa.
Os seguidores do evangelho de Cristo não devem ser inflexíveis e amargos, mas antes, gentis, suaves, corteses e de fala mansa, o que deveria encorajar outros a buscarem sua companhia. A gentileza pode disfarçar as faltas alheias e “encobri-las” (no sentido positivo da palavra), conforme relata Provérbios 17:9: “Aquele que encobre a transgressão busca a amizade, mas o que revolve o assunto separa os maiores amigos”.
A gentileza sempre se mostra alegre ao dar algo a outros. A gentileza pode dar-se bem até mesmo com pessoas ousadas e difíceis, segundo aquele antigo adágio: “Precisas conhecer as maneiras de teus amigos, mas não deves odiá-los”.
Nosso Salvador Jesus Cristo foi uma pessoa imensamente gentil, conforme os evangelhos o retratam. Se não fosse, jamais teria dito: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11:28-30.
Segundo Martinho Lutero, acerca de Pedro ficou registrado que ele chorava sempre que se lembrava da suave gentileza de Cristo e, seus contatos diários com as pessoas.
Como será que os outros nos vêem na questão de receptividade – que está ligada diretamente a benignidade ?
“É difícil dizer o quanto as mentes dos homens se deixam conciliar por maneiras gentis e por palavras suaves”. (Cícero).